todo o blogue é composto de mudança

© rabiscos vieira

caros 12 leitores, aproveitando a semana única que vivemos, com sua santidade bento XVI a calcorrear os passos em volta da fé com fátima em relevo, resolvi transportar o irmaolucia para o alojamento do sapo; estou como aqueles nacionalistas económicos do slogan compro o que é nosso, passo então a ter outro endereço e a lidar com uma assistência que é um mimo e ainda apoio o tecido empresarial português, e aproveito para piscar o olho à pt, já o outro olho tenho-o colocado no futuro, quem sabe se a carreira do rui pedro soares não começou com um blogue alojado no batráquio, é um suponhamos. a nova barraca manterá um grafismo "sereno" que almas mal intencionadas classificam de "pobre", isto para não andar a embarcar em grandes revoluções que, como se sabe, terminam sempre com um aumento do número de voos em direcção ao brasil.
a partir desta noite passo a lidar convosco a partir daqui, numa casa que ainda vai sofrer um ou outro retoque mas que não quero deixar de inaugurar no momento em que se prepara a primeira procissão das velas sob o signo da Prada. que o sapo vos abençoe, agora ide mudar os vossos links mas sem esfolardes os joelhos.ide.


Alice, levanta-te e caminha

© rabiscos vieira

glosando Lázaro e numa semana em que o papa põe os cotos na terrinha, a extinta revista Alice renasce das cinzas, mais propriamente do papel para o ecrã, ainda por cima com uma [duas] perninhas de moi même, para meu grande gozo e sua [dela] desgraça. deixai de lado os missais e os ex-votos, a toca do coelho chama por vós.

espaço PUB

© rabiscos vieira

está aí a LER de maio e eu com ela. agora lede e multiplicai-vos.


profilaxia da memória




espaço PUB, fruta da época


ilustração para a campanha "Bento XVI", a decorrer nas livrarias Almedina


gostar de pretos, gostar de brancos, separados à nascença





diário da feira do livro, tomo 3



ocasião em que passava pela feira aquele indivíduo que escreve espectacularmente sobre tudo e mais alguma coisa e que tem um sitemeter invejável e que tem uma relação fodida/doentia com o peixe congelado

um dia decorrido sobre rodas, sem dar pelo tempo passar, com caixa farta e beijos e abraços e cumprimentos distribuídos com abundância, e a senhora que insistia em querer trocar dois livros da presença no nosso barraco, em calhando editávamos um manual de introdução ao direito de hogwarts ou um direito penal na perspectiva dos prisioneiros de azkaban e até nos saíamos bem, mais a clientela que insiste em invadir o pavilhão de forma a conseguir farejar as lombadas e sentir o deleite em forma de decretos, e as crianças do colégio príncipe carlos que insistiam em beijar o peluche gigante da presença, lá está, mais aquele editor que tanto furor faz entre o clube dos amigos da cinemateca, que edita coisas nobres como livros sobre a poesia e livros sobre os queijos de cabra e o caralho, mas que por estes dias anda mais interessado em coleccionar anedotas de papagaios, melhor só a história que ouvi contar sobre um indivíduo que era dono de um restaurante ao larga das caldas e que arruinou a vida depois de tomar conta da discoteca snoopy na zona de são martinho do porto, e já nem falo na criança que insistia ser da nossa responsabilidade a saga de deltora escrita por uma febra chamada Rodda, mas que afinal também pertencia à presença, abrenúncio, saí de lá cheiinho de medo de sentir o voldemort a bafejar no meu pescoço. ou o medina carreira, que é mais ou menos ela por ela.


Ruca entrava na corrida se vendessem antes a ANA mais atrevida

ANA privatizada aquando da construção do novo aeroporto de Lisboa

diário da feira do livro, tomo 2

há dias em que me sinto uma enorme caderneta tal é a minha capacidade para atrair cromos, talvez farejem a afinidade, as cumplicidades caceteiras, e vai daí entre o cliente e aí bicho chapinha tudo legáu que tanto engraçou com a colecção marron de história e o mendigo maneta que me rogou uma praga (eu não dou esmola, os camaradas dizem que atrasa a revolução), fartei-me de ver gente acima e abaixo, a criança que se recusava a completar em casa a narração de embalar ouvida no pavilhão municipal, ó stôra, é que amanhã há prova de aferição, mais o moço que se passeava de telemóvel em punho enquanto garantia ter estado em beja há exactamente meia hora atrás, vai-se a ver e o tgv já assobia pela planície do além sado e em calhando o ministro nem sabe, e ainda a sem-abrigo que me fez contar o molho de moedas que transportava consigo, a féria do dia, e que acabou a confessar que a feira é lugar muito melhor para mendigar do que a porta do pingo doce das picoas, e o cliente que jura a pés juntos que o nome fernando não existia em mil seiscentos e troca o passo, acima, abaixo, mais o manuel joão vieira acabado de aviar na relógio d'água, e a catrefada de chupistas de catálogos, puta que pariu, o que é que esta gente faz a tanto papel, e ainda a imagem que mais me assalta, que é a da moça da roulotte de petiscos – paredes meias com as farturas otário – que insiste em trazer decotes que lhe fazem escancarar o par de bifanas, há gostos para tudo e não há boné cor-de-rosa que despiste as atenções, pelo menos as do senhor polícia que acaba de pedir uma entremeada e uma sagres, que é para pôr a feira na ordem com a ajuda da água da vialonga, dizem que refresca e acalma que é uma beleza. e dizia o gordo americano que paris é uma festa, está visto que nunca pôs os cotos no eduardo VII. salve seja.

incha, bartolomeu



o meu lado muralista

© rabiscos vieira

derivado a eu ser um tipo com demasiado tempo livre e com uma grande propensão para me pôr a olhar para a cara dos outros (coitados), lancei-me à pincelada de um mural alusivo a alguns dos desgraçados que me estão a cair no goto - e a sair do bolso - nesta feira do livro, labuta-se mas torra-se em conformidade uh uh, eu cá faço por dinamizar a economia nacional e o consumo privado e o mercado interno e o sector editorial, o que faz com que este seja um rabisco work in progress. a suivre, lá dizia o padre frederico.


deixai vir a mim as criancinhas é mas é o caralho

Visita papal será a mais vigiada de sempre

a vida em formato facebook

pedro vieira vai passar esta terça-feira a trabalhar na feira do livro, vendendo a alma ao diabo e a folga ao patronato

conta bancária likes this

coluna amassada e pés inchados mandam-no pró caralho

boas práticas

até agora ninguém fez piadas com obama e a maré negra que alastra, alastra.

diário da feira do livro

abriram-se as hostilidades na passada quinta-feira e lá estava eu, a correr persianas para cima, a acamar livros em baixo e logo assim às primeiras tive gente que jurava a pés juntos que a minha editora tinha falido, ou que tinha editado um livro de versos da amália, ou que tinha publicado um canhenho muito mal revisto em que um côvado estava equiparado a 50 centímetros quando toda a gente sabe que são 66 (centímetros), dê-me aí a vossa morada que eu vou reclamar com veemência, publicam coisas que é uma vergonha, e tive um cego que me apalpou os livros sem pudor, e uma ministra a passear a comitiva, e um côvado de miúdas montadas em bicicletas ligeiras cortesia da nina ricci, e um velho malcriado que nos queria forçar a ter um livro de outro editor, e calor de dia, e frio à noite, e o bafo a farturas, e a oportunidade de ser fotografado por uma charmosa jornalista de que não me alembra agora o nome mas cujos pés são uma formosura masai. e la nave va, pois claro.

amores imperfeitos # 176

Sandro anda encantado com a ressurreição de tolstoi, Carina acha que, sem contar com a do jesus, isso é tudo mentiras da igreja.

gostar de pretos, ser do métier



hoje fui ao indie lisboa. agora só me falta usar mais golas altas e começar a fumar.

mÚSICA & dESIGN


malcolm lowry rói-te de inveja


eu sei que já se passaram uns dias mas aqui fica o imprescindível apontamento sobre a inauguração da nova livraria babel ali à antónio augusto aguiar

um dia ainda me alcunham de perdigueiro, tal é a minha propensão para farejar as vidas dos outros, sobretudo se forem públicas e acompanhadas de cocktails e acepipes do vitor sobral, pela minha rica saúde, aquele senhor encavalita muito bem enchidos sobre pão arraçado de broa e só cobra duas mãos-cheias de euros por um prego e uma imperial no seu barraco em campo de ourique, uma pechincha mesmo em tempos de baixa cotação junto das agências de rating que terão estado afastadas da nova babel, coitadinhas, caso contrário teriam de dar nota Standard à beautiful people possível e Poor's à escolha de livros encavalitados em andaimes; gravatas e tábuas rudes em partes iguais, os primeiros dão gabarito a qualquer festa, as segundas poderão ser o pesadelo dos livreiros lá do sítio se algum dia tiverem de movimentar os canhenhos de um lado para o outro, mas talvez não tenham de fazê-lo se a rotação for baixa e a escolha continuar limitada aos editados pelo grupo, agustina e noddy (por enquanto), aristóteles e detective maravilhas, pessoa e buffy, por aí fora.
lá pelo meio também balançavam outros livros, pendurados em ganchos, e um ou outro exemplar das viagens na minha terra com vampiros, mais uma pérola lançada a cavalo no sucesso da stephenie meyer, qualquer dia vamos à praça e até as pencas e brócolos têm caninos afiados, enfim, para não destoar do ambiente de terror juro por todos os santinhos que a minha antiga professora de geometria descritiva estava na inauguração, abrenúncio, e eu todo a suar frios, a lembrar a linha de terra e a intersecção do plano alfa com o beta, a intersecção do jorge de sena com a sabrina, a bruxa adolescente, cada um tem as fantasias e efabulações que merece. concreta, concreta, foi a presença de um conhecido homem do gadanho que já tive ocasião de surpreender noutras circunstâncias do retalho livreiro e a quem vi sair abastecido enquanto o povo aplaudia os responsáveis do grupo que discursavam alheios ao amigo do alheio, passe a redundância, nada como filar uma livraria acabada de inaugurar, é de ladrão bem informado do agenda setting, o que é de louvar, e quando a maralha abriu espaços também lá vi pelo menos um par de irmãos lobo antunes, que engalanam qualquer evento, e um conhecido catedrático marxista, e um daqueles aparelhos que fingem ter livros lá dentro, e um cubo tecnológico do qual me mantive prudentemente afastado já que tenho tendência para deixar cair/danificar tudo o que é electrónico, o telemóvel, o ipod, a boneca insuflável, pus-me antes a mirar o bar que dá para o centro de arte moderna e os convidados que se passeavam com o diário económico, que por estes dias acerta quase tanto como o almanaque borda d'água. uma agitação. nesse mesmo dia, mais à noitinha, o grupo porto editora/sextante/lisboa editora/areal editores/bertrand/quetzal/mestre maco/malhas tiffosi lançou o Submundo do Delillo. menos acepipes, menos gravatas, mais literatura. uma jornada em cheio.

feira do livro 2010, premiers symptomes


take-over hostil ou gralha marota?


lisboa em baixa resolução # 216


liberdades por cumprir


viva a liberdade, caralho






literatos imperfeitos

Ruca dava mais crédito ao Kapuscinski se ele tivesse editado as Andanças com Erótico.

Evo of Finland

© rabiscos vieira

Evo Morales explicó, ante una audiencia de 20.000 personas, que la homosexualidad y la calvicie son consecuencia del consumo de pollo

em stereo