entretanto, na véspera

madrugar depois de um lauto jantar na companhia de camaradas editoriais, cerrar os dentes ao frio das 8:37, rumar à paragem, ter a sorte de marrar com um 44 ao fim de um par de minutos, lamentar a ausência de um alguidar em vinha d'alhos onde pudesse adormecer os pés latejantes dos últimos dias e saltar borda fora no saldanha, vazio, nas traseiras do shopping pretos e brancos bebem café no ac santos, podia dar um slogan, isto imediatamente antes de pegarem no batente, e lá vou eu entrar ao serviço e responder como autómato, é para oferta, quer distinguir os embrulhos, com o polegar em ferida de tanto rilhar no desenrolador de fita-cola tesa mol, o meu paradoxo favorito, esperar pelo cerrar de portas e pelo partilhar de bolo e copos com os camaradas do comércio, sentados, com as pernas dormentes, em frente às janelas que fazem montra, farrapos sorridentes exibidos à cidade que corre em direcção aos bacalhaus e aos pedaços de óleo fula disfarçados de iguarias. do lado de fora alguém liga em busca de um último livro, e consegue-o, como num anúncio das bombocas com desenlace ao contrário. o natal até é bonito.

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