novilíngua

a notícia do mais futebol reza o seguinte:

O Belenenses venceu o Nacional da Madeira por 2-1, em encontro particular realizado nesta terça-feira, em Rio Maior. Romário marcou o golo do triunfo da formação do Restelo, ao minuto 90.
Yontcha tinha colocado o Belenenses em vantagem (39m), mas a equipa orientada por Manuel Machado conseguiu responder pouco depois do intervalo. Pecnik, reforço do Nacional da Madeira para esta temporada, voltou a marcar um golo. Contudo, os azuis viriam a selar o triunfo perto do apito final.


a notícia escrita segundo o livro de estilo do Público rezaria o seguinte:

O Belenenses, agremiação incontornável do panorama desportivo e cultural português fundada em 1919, venceu com todo o mérito o nacional da madeira por 2-1, em encontro particular realizado nesta terça-feira, em Rio Maior, quando poderia muito bem ter sido jogado no inigualável Estádio do Restelo, inaugurado em 1956 e palco de numerosas glórias futebolísticas, de visitas de Sua Santidade e de memoráveis espectáculos musicais organizados pelo senhor doutor Luis Montez, nunca lho agradeceremos devidamente, aliás, bem como ao seu sogro. Romário, nome de craque, marcou o golo do justíssimo triunfo da formação do Restelo, ao minuto 90.
Yontcha, camaronês capaz de fazer sombra ao sobrevalorizado samuel eto'o, tinha colocado o Belenenses em vantagem (39m) mas a equipa orientada por manuel machado conseguiu responder fortuitamente pouco depois do intervalo. Pecnik, nascido na diabólica jugoslávia e reforço do nacional da madeira para esta temporada, voltou a marcar um golo sem saber ler nem escrever. Contudo os azuis viriam a selar o natural triunfo perto do apito final.


este texto foi visado segundo os preceitos dos coronéis instalados à rua do viriato




9 comments:

Anonymous said...

Deixem lá de bater no ceguinho. Já não tem graça.

P.S. Me confesso (às pedras): gosto mais do Belém do que do (idiota) do João Bonifácio. S'aquilo é crítico vou ali e já venho.

LAM said...

à bonifácio:

O Belenenses, lar de terceira idade da zona do Restelo, venceu com a ajuda de muletas e e arrastando os frascos de soro um jogo que anunciaram iria ser de futebol. As malhas das balizas eram aos quadrados e não aos hexágonos e as linhas de marcação das zonas do campo eram brancas com algumas falhas o que é demonstrativo da dificuldade de, ainda no aquecimento feito com mantas eléctricas, conseguirem deixar de arrastar os pés pelo chão. Dado o convívio se ter realizado durante o dia omito qualquer crítica sobre o funcionamento dos projectores. Ouvi dizer que o resultado foi 2-1.

Anonymous said...

e pensar que o ´Público' defendeu que não se deviam pedir desculpas pelos cartoons sobre Maomé publicados num jornal dinamarquês.

fallorca said...

Coronéis e outras patentes bem patenteadas pelo dito d'estilo, ou será do estio?
Nota: errei, propositadamente, a VP até encontrar uma que me pareceu estilisticamente correcta; «petabi» a chamada peta bi, essa eufórica!

margarete said...

LAM, a diferença existe: uma coisa é um texto crítico(opinião), outra é a redacção de uma notícia (factos)

Anonymous said...

Ai, ai, ai, não consigo conter esta insolência...: pergunto ao Anonymous se já foi ali e se já voltou, e que tal foi a experiência. Pergunto mesmo.

Anonymous said...

Margarete, então aquela parte do comunicado do "Público" onde se lê que "por erro de paginação não surgiu referência a tratar-se de uma crítica" deve ser ignorada? Ou vamos todos julgar que somos "bué intelectuais" e percebemos logo a diferença? É que os "bué intelectuais" podem perceber, mas supostamente um jornal não deve deixar dúvidas desse género aos seus leitores. Mesmo que sejam vinte velhotes. Mas eu percebo este post. Vem na onda do amigo ajuda amigo. É o que mais se vê por aí.

margarete said...

ah, então eu não tinha percebido: o busílis da questão era a ausência de refª à categoria "crítica" na página do artigo... sou mesmo lerda!

pois claro, se houvesse essa referência a Direcção do Clube de Futebol «Os Belenenses» não teria tido o incómodo de escrever a tal carta elegante e muito superior em modos ao artigo do João Bonifácio ao jornal Publico

juro que não tinha percebido... afinal se tivessem sabido que era um artigo de crítica na base da liberdade da opinião não tinha havido esta barulheira toda!

acho que o "tipógrafo" devia levar com um processo disciplinar em cima

Unknown said...

So much ado about nothing...