memórias e botas da tropa

nova rubrica no irmaolucia, com a designação supracitada e proporcionada por fenómenos como o democraticíssimo YouTube. A presença do punque, do roque, do ripe rópe é notória nas idiossincrasias deste vosso blogger pelo que a sua relevância vai aumentar por aqui, umas vezes proporcionar-me-á enxovalho, noutras intemporalidade, o objectivo será retratar um período específico da minha vida, circa 1990-93, durante o qual se lançaram as sementes para a fúria pesquisadora que tem vindo a sedimentar-se com o passar dos anos. Com 15 anos acabados de fazer, mais assalto menos assalto, saio do casulo de Benfica e ingresso num liceu icónico de Lisboa onde os decibéis imperavam, e isto não é figura de estilo, leia-se decibéis sobretudo em função do barulho acumulado em cassetes virgens, a par das bandas os deuses chamavam-se tdk, basf, maxell, sony ou as mais económicas pdm, não confundir com planeamentos, pormenores e cérceas.
Alguns dos personagens que vão desfilar por aqui ficaram para trás, a outros revisito-os espaçadamente, outros há que ainda me acompanham, fica ao vosso critério a distinção.
Naquele tempo [ efeito propositado de antiguidade ] comprei as minhas botas da tropa na loja de fardamentos da feira ladra, usadas pois muito mais baratas, com um brinde de meias ao fundo do cano, menos mal, ao meu amigo amigo anarchitecton, na mesma ocasião, calharam umas cuecas de magala lá no fundo, botas benzidas de intimidade, vidas moldadas por episódios em que a música foi o menor dos carrascos.
Como o Luis, que nasceu uma meia dúzia de anos antes de mim, eu também cresci ao som dos Dire Straits mas tanto o melhor como o pior [o que é difícl] ainda estavam por vir.

2 comments:

eduardo b. said...

Parece que os Dire Straits foram o ponto de partida para muita gente que agora anda por lados completamente diferentes. E eu, actualmente, não suporto os Dire Straits.

Anonymous said...

I like it! Good job. Go on.
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