apontamentos mistos de um lisboeta e de um paranaense # 8

"minha irmã sempre foi muito doida, doida mesmo. Saiu da casa de nossos pais para ir estudar na cidade, fumava maconha que nem louca, e eu ficava avisando cuidado cê tá fumando muito, mamãe já percebeu, fala isso pra mim, ela não pode saber, tá louca, o que cê já fumava lá em casa, pensa que mamãe é burra, daí uma vez fui visitar ela na casa da cidade, na altura ela vivia com duas moças, eram fufas, como cês dizem aqui né, lá a gente fala sapatão, daí eu tava na sala com elas todas e uma das fufas falou 'eu vou la pro quarto, tou com sono', daí eu fiquei na sala com minha irmã e com Dânia, a mais doida das duas, e ela falando 'cê não quer vir lá no quarto, tenho uma coisa pra mostrar pra você' e eu suando 'não prefiro ficar aqui', minha irmã rindo, safada, e Dânia insistindo 'vamo lá, quero te mostrar uma coisa no computador, não seja bobo', daí eu fui e o que eu fui ver rapá, a outra estava deitada na cama, brincando com um pintão de borracha, dá pra acreditar, um pintão enorme, daí eu falei 'deixa pra lá Dânia, eu vou ter que ir mesmo' saí fugindo e minha irmã perguntando, 'ué cê não ficou com elas no quarto? podia aproveitar' e eu 'tá louca? imagina que me pegam naquele fogo cruzado, com o pintão de borracha?', ah comigo não!

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