aqui é à meia-dúzia

o que haveria de me calhar no regaço, uma solicitação do eduardo em jeito de corrente, como aquelas que dantes se enfiavam em formato A5 em caixas do correio desprevenidas, instando à realização e posterior distribuição de 10 fotocópias, caso contrário entrava-nos o azar pela casa adentro, deve ter sido que sucedeu quando o meu pai partiu o braço direito e a cana do nariz num aparatoso mergulho a partir de um escadote, na exacta semana em que comprou o seu primeiro carro, carrinha 4L em terceira mão, corria o aziago ano de 1984.
como não me apetece nada andar a servir de molde para gesso cá vai a minha contribuição para a corrente. seis coisas sobre mim.

– não pertenço a nenhuma associação secreta com excepção da 'cartão lisboa viva' e só tive contacto com a maçonaria através da fábula de veneza do hugo pratt

– vejo mais arte no processo de fabrico das irresistíveis bolachas gouda's gilde do que num vídeo da helena almeida a rodar sobre si própria com a a ajuda de um banquinho

– tenho mais estima pela minha colecção de cd's do que pela esmagadora maioria dos meus parentes

– gosto mais de gatos do que de cães porque acho que os animais também devem ter uma costela filha-da-puta

– já me emocionei com livros do saramago mas as declarações dele extra-literatura dão-me mais vontade de chorar

– na rotina diária prefiro a frase your blog was published successfully à frase seguramente mais informativa na entrada para os comboios atenção à distância entre a porta e a plataforma.

como parece ser meu dever endosso a corrente a dois novos destinatários que, por acaso, habitam a mesma barraca blogueira que muito estimo: a nancy brown e o luis da geração rasca. e agora eles que se amanhem.