dentro do maillot um galito de barcelos

no mesmo pacote do dvd d'o piano veio outro caderno cheio de letras estampadas em couché, seda para os mues dedos, promessa de maravilhas, um beautiful man que escapou ao cancro mas que não escapou à desgraça de ter três netos masculinos chamados maria, se um dia forem para dirigentes da ilga quero ver como é que te explicas aos teus amigos da opus, mas melhor do que ernâni vai vanessa, nome de toda uma geração, capaz de fazer invejas a todas as carinas que eu conheço [nenhuma], com 18 medalhas de ouro no papo. vanessa é a antítese do português estereotipado na imprensa e no prós e contras, é trabalhadora, abnegada, tem espírito de sacrifício, é hiperprofissional, competitiva, busca a excelência a tempo inteiro, perisiste, luta, ganha e nunca está conformada e/ou satisfeita, é de encher o peito, de onde veio esta campeã, esta extraterrestre que "faz ver" aos seus compatriotas, prepara-se para chegar aos jogos de pequim e deixar os chineses com os olhos em bico, piada faca alicerçada na redundância, no lugar-comum mas que está também ao nível dos pergaminhos literários de vanessa. explico-me. no ocaso da reportagem vanessa confessa "só li dois livros na vida: o código da vinci e o que o armstrong escreveu", uma delícia, em 100% de títulos conseguiu citar 50%. afinal, no peito da campeã, exemplar raro do rectângulo, há um cantinho para um mamilo português, vanessa tem a alma letrada do tal lusitano estereotipado e no entanto, contra a recomendação de todos os planos nacionais de leitura, triunfa. sete volumes da recherche? isso é que era bom, manda mas é vir uma caixa de isostar.

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