sérgio godinho, camarada [como?], amigo [de quem?], palhaço [inquestionável] é conhecido pela permanente inquietação em relação ao seu próprio património musical. toma-o a vontade de rever, de reconstruir, de adaptar, de insuflar-lhe novos arranjos, uma ou outra missanga que confira actualidade a pautas do baú. vem isto a propósito de com um brilhozinho nos olhos, uma espécie de work in progress das rimas em que o sérgio já testou a modernidade. explico. no original, com que a antena 1 me presenteou ontem à noite, depois de pepe, postiga e lucho gonzalez já o terem feito, godinho articulava a "tola" com um 13 no totobola. em versões mais recentes, nomeadamente em espectáculos ao vivo, substituiu-os pelo "goto" e com um seis no totoloto, acompanhando a evolução do comportamento dos jogadores santa casa. e aqui abre-se-me um grande ponto de interrogação. com os portugueses rendidos à nova combinação cinco números-duas estrelas que pode realmente fazer de um pobretanas um porco capitalista e/ou explorador [atoarda com laivos de consciência política de fancaria, olá sérgio G, eu também sou camarada], que parte do corpo irá o godinho eleger para rimar com euromilhões?
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1 comment:
É com aguilhões dessa estirpe que te arriscas a levar uma salgalhada* num parque de estacionamento perto de ti!
Abraço
*dada a promoção da personagem por essas bandas (a sul, claro) o vocábulo já foi aceite pela Academia das Ciências de Lisboa como candidato a entrada na próxima revisão do seu (horroroso) dicionário
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