all you need is allgarve

três dias para retemperar forças chegam e sobram, em outros tantos deu-se a paixão, morte e ressurreição e há dois mil anos que a ideia anda ancorada entre o povoléu, partida na sexta para o allgarve com vizinha do lado do alfa a devorar um nicholas sparks exactamente dois minutos antes de adormecer com o facies contra o tabuleiro dos comes e bebes, como eu a compreendo nessa demonstração de desprezo para com a grande literatura, pela tarde uma visita ao barril, praia, não confundir com barril, centralcer, um grupo de gandulos pelos lavabos adentro a libertar gases de tonalidade bang e olufsen, um deles a avisar ainda tens de levar é aí um pontinho, quem avisa em relação ao metano e outras minudências amigo é, sol morto sol posto e à noite o prometido show de danças africanas revela um grupo de três pretos em nove, aplaudo a multiculturalidade mas bailarinas de pele neoblanc não têm o mesmo rebolado, isso é que era doce, como as bolas de berlim sem creme vendidas pelo areal no sabbath, perseguidas pelos higienico-fascistas da asae, mostre lá a licencinha, e se fossem mas é multar quem fez o edifício aos socalcos que se vê lá ao longe na curva de monte gordo, isso é que era uma limpeza, conceito desconhecido pelo menino martim, rodeado pela família de pele tonificada e enfeitado com uns calções vilebrequin vendidos a 70 euros o par, catorze contos em moeda antiga, saloiice nova. dizia que o menino de limpeza sabe pouco, por mais que a mamã o trate na terceira pessoa o menino acaba mesmo por cagar no areal à vista do anfiteatro de corpos salinizados, por mais que o papá finja ler a pastoral americana o menino borrifa-se no calção já atirado para as calendas e caga-se supinamente, uma outra vez, para desespero da mamã que gostava de pelo menos ter cavado um buraco, palavras da própria, no cavar é que está o ganho e nós dali para fora com o fito de evitar o espectáculo dos tocadores de gaita de foles da casa pia, i kid you not, estavam no programa de verão do macário, sujeitos às piores piadas acerca de sopros e fôlegos, que o povo é useiro e vezeiro na chacota aos meninos lançados às feras, de fole em fole, de gaita em gaita, no domingo ainda tempo para pôr os pés de molho umas horas antes do regresso pelos carris acima, um microcosmos de chapéus do ice tea, nas cercanias um fanã a contar estórias da juventude, como aquela do concurso do picha de aço que se fazia em faro, um amigo dele chegou a ganhá-lo, contra um grego que também foi à final e que acabou por reconhecer que a vara do lusitano era melhor, viva portugal, de métodos, júris e avaliações não se falou, o auditório familiar agradece, eu não.
quase à hora marcada lá vou fisgar o regional, que há-de entroncar com o intercidades, que há-de lançar freio em lisboa, imediatamente após a minha vizinha da frente ter garantido à amiga que um cavalo não é um carro, eu entendo um cavalo como um companheiro, e ainda dizem que a cicciolina está démodé, quis deitar-me a sonhar com isso mas não foi possível.
hoje pela fresca estava de volta ao rame-rame.

1 comment:

Anonymous said...

para a próxima vez, na volta do Barril, paras em Santa Luzia no "O Alcatruz" tel. 281 381 092 e comes uma saladinha de raia, emborgas umas bejolas e não se fala mais disso.... (eu juro que não tenho comissão, tenho sim uma compulsão em guardar cartões de tascas e restaurantes)