fim-de-semana à portuguesa

houve de tudo e à fartazana, almoçarada de arroz de cascas regadíssimo a tinto da casa e presunto à sobremesa, cinema com romance montecchio-capuleto passado nas berças e ao ritmo das aceleras, bola na tv com o meu porto a lamber as feridas dos joelhos trazidas de fátima, o que é pena pois que dificulta a legitimidade da violência conjugal, ida às compras ao super, leite, pão e variedades frescas e congeladas, fila de caixa emparelhada com uma família addams lançada às feras da tomás ribeiro, e é nestas alturas que eu lamento a máquina fotográfica na gaveta de casa, teatro com família disfuncional liderada por um papagaio das revoluções falhadas e acolitada por uma inércia geral, característica de um povo que está à beira do abismo, exactamente dois minutos antes de cair por ele abaixo. cafezinho na fnac para ver as vistas, o que a malta gosta de feiras e em não as tendo enfia no espaço de consumo só para pôr os olhos no que a carteira não permite, o amanhecer já tinha sido azedo, a fazer contas ao computador novamente avariado, vítima de uma vida de exaustão e de uma qualidade sonae que me deveria ter feito desconfiar à data da compra, este que aqui escreve tem a máquina ligada hoje por alguma partida do mafarrico que vai não volta me assombra as ideias e a motivação, vou mas é fazer back-ups como um menino prevenido e nórdico já teria feito, antes que a motherboard se foda de vez e eu lamente a lusitanidade das minhas prioridades. até já. ou mais logo.

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