a bem da nação

tinha acabado de sair de certa e determinada livraria independente onde degustei uma água com gás, que isso de comprar livros está de gesso, a carteira até chia de fomeca, e deparo-me com um automóvel-espada, como se costumava chamar aos bólides aqui há atrasado, dizia, um espada mal estacionado na marquês de tomar, com um papel escarrapachado no vidro da frente onde se lia "protocolo de Estado", com maiúscula, e no lugar do condutor um indivíduo a dormir a sesta, a bem da nação, uma situação que seria melhor ilustrada por uma fotografia feita com o telemóvel do que por este relambório, o chavão da imagem que vale por mil palavras e cuja Verdade não o é, apenas será a erdade do seu criador naquele instante, como teorizava um daqueles franceses que tinham muito tempo para pensar, talvez por andarem com falta de homem, como garante certo e determinado hacker de certo e determinado deputado. lamentavelmente enchi-me de medo e não saquei do nokia, com medo que algum sniper de Estado vogasse por cima do automóvel e me atingisse com uma zarabatanada em cheio nos cornos e nos óculos, que mos rachasse ao meio, como já me sucedeu a caminho do lançamento de um livro no centro comercial vasco da gama, mesmo sem a intervenção de um sniper mas com os óculos fodidos à mesma, caídos no colo. uma lástima, para transeunte ver, e daí o acobardar-me, provocar as parcas e o eterno retorno não é comigo. tenho-lhes respeitinho.



1 comment:

. said...

Adorei este post!