cartaxinho, o político

andava há dias para escrever esta crónica e fui adiando a desdita, tal foi o enjoo de salazarismo bafiento - adoro redundâncias - a que tenho sido sujeito, desde a situação que dá corpo à dita (crónica) passando pela invasão de bibliografia com traça que vai ocorrendo no meu poiso de trabalho, o cerejeira fotobiografado, mais a autobiografia do senhor cardeal que também vai ao casino emborcar copos antes de se espalhar na roleta dos conceitos, cabrões desses anormais desses gays e o caralho que se enfardam uns aos outros e ainda querem filar o dente nas nossas criancinhas adoptáveis, para abusos à bruta mais vale ficarem onde estão, nos colégios de cruz em riste e derivados, pensa o prelado, digo-o eu, e ainda o bonito álbum dos patriarcas de lisboa, mais "os últimos meses de salazar", há quem jure a pés juntos que foram demasiados, enfim, um vê-se-te-avias. sucede que há dias, no cartaxinho, estabelecimento de griffe e tremoço gelado, ouvia palrar três maduros acerca do cabrão do mário soares que entregou tudo aos pretos, e eles agora que não venham para cá, ficaram com os camiões do meu (dele) paizinho, esses pretos, esses chupistas, mais os brasileiros que ainda vêm para cá para dizer mal de portugal, o pantanal que os pariu, todos mandados de volta e depressa, e o crime que não existia quando o professor doutor de coimbra, meu deus! cá mandava, e daí escorrega-se para a liberdade e seus demónios, para as actualidades de caserna, para os assuntos arco-íris, se os gajos querem fazer o amor em casa deles, nada contra, agora casar? já chegámos à somália, o sócrates pá...... reticências, bastas, já chegámos à somália, ou aos israelitas e a esses países?, o filho dilecto da pátria em ademanes de geopolítico, um mimo, e depois vem à baila o futebol na conversa destes patriotas, o Hulk mete um medo do caralho, ui, e os horários dos jogos para a taça que são uma vergonha, e vem mais um uísque para rachar por dois, e falta de tesão que também mata (sic), e quem matou o meu pai foi a puta do 25 de abril (sic), aquele, o dos camiões, uma desgraça para a nação, aliás, nesse momento o trofense ganhava em casa do guimarães, berço da lusitanidade, com golo do charles souza, preto e brasileiro, um mal nunca vem só, então pedi a conta e saí, já estava um pouco enjoado da ladainha, mais um ou dois minutos e ainda gomitava, assim mesmo, com g, a entremeada no uísque dos senhores, e diz que o porco não vai nada bem com o malte. diz que não.

6 comments:

Anonymous said...

bichona frustrada metida a escritora de terceiro nível

septuagenário said...

Um retrato bastante estafado e sem ponta de originalidade, daí a sua actualidade e consequentemente...o paradigma da maioria dos blogues.

pedro vieira said...

sem ponta, não, que isso mata.

Anonymous said...

Porreirinho é podermos todos falar, não é? ;)

Anonymous said...

e pretos e brasileiros, de "fato", é um ver-se-não-havias...

Anonymous said...

Agora que estou a ler o Nuno Bragança reparo na proximidade com o estilo Pedro Vieira. Só que ele usa pontos finais.
Abraço