está aí, pronta a inaugurar, a rebentar, a trazer cores ao coração de lisboa, uma espécie de bypass em forma de vasos que são páginas, a aorta que são duas, uma de cada lado do Parque, sangue de leitores, muito colesterol e gorduras literárias dispensáveis mas cada um sabe de si, há quem lá vá pela nutrição, outros pelo enfarte, ou só porque sim, pelas farturas e suas seringas de apoiar no sovaco, as cidades carecem destes imaginários, e eu cheio de pretextos para lá pôr os cotos, até lá vou trabalhar meia-dúzia de dias, dar o couro no Eduardo VII, expressão que arruina qualquer reputação mas isso era se eu tivesse alguma, vêmo-nos então por lá, abaixo e acima na ladeira, a common people como canta o jarvis cocker - o mais eduardiano dos apelidos - com os canhenhos em sacos, debaixo do braços, enfiados em malas, com o pito aos saltos pelo Mago, pelo Raskolnikov, pela Bovary dos pequeninos que é a Carolina Salgado, e que bonito é ver isto acontecer na semana da democracia, mesmo que com chuva que em anos anteriores nunca quis deixar de marcar presença. ruína das carteiras, aí vou eu, e não se esqueçam, o consumo privado evita a deflação, estimula a economia, não queiram agravar uma crise que ainda atira com todos para o desemprego, caralho.
a feira do livro
Publicada por pedro vieira em 30.4.09
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