impressões pós-páscoa, febres, outros demónios



no calvário que me dura o ano inteiro e que consiste no fuçar sucessivo em busca de novas trufas, qual javali melómano, afinal de contas ando pelos noventa e tal quilos, justifico-o com o peso dos ossos mas é mentira, dizia, enfio o focinho nas fontes de informação disponíveis e vou sacando pérolas que aliviam o peso da cruz da ignorância nos meus ombros de classe-média. por estes dias ando com a febre dos fever ray, projecto a solo da menina que faz parte dos muito recomendáveis the knife, a suécia não é só ikea e os roxette e tal, e que bem vai este som com a minha disposição melancrónica, faz as vezes de ressurreição e tudo. Senhor, por que me abandonaste, perguntava o outro também por estes dias, mas é mentira, caralho, ouçam o disco, descubram a luz. Ele existe e está nos pormenores, sobretudo naqueles com mantra electrónico e vozes suaves com rispidez à espreita.

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