uma dúzia de palavras sobre a cinematic orchestra na aula magna

saí de lá preenchido, satisfeito, no ponto, nem sequer de rebuçado que os doces não são o meu fraco, diria pleno e chega. uma nota para a interpretação em versão longa de ode to the big sea, tema clásico do álbum de estreia motion, aqui num registo largo, caudaloso, torrencial, como um Nilo de som, vá, cairo e assuão em forma de bombo e tarola, o serpentear da água no frenesi do clarinete endiabrado, a lamber as margens do free-jazz, a brincar com os extremos, e o groove inacreditável daquele baterista, um sonho, do Nilo para o Ganges, um Shiva maldito a saracotear as baquetes, um charming man sem flores no bolso de trás, já estou como o trolha que diz à menina contigo era até achar petróleo. nem mais. nem menos.

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