é preciso um gajo querer variar de areais e rumar à praia manta rota para deparar de fuças com o pequeno cisma israelo-palestiniano da costa portuguesa. mas já lá vamos. a manta rota, hoje muito mais arranjadinha do que aquilo que eu tinha guardado na memória, a saber, uma praia bordejada por tugúrios de café e imperial roufenha junto dos quais assisti ao jogo de abertura do mundial frança 98, brasil versus escócia com supremacia para os canarinhos, uma lástima, eu sou dos que puxam pela argentina, foda-se, mas hoje em dia parece que a dita manta sofreu melhorias do polis, ou do pobris, dada a pequena escala da intervenção, com um cheirinho a ordenamento do território que até enjoa, um gajo não está habituado e tal. o areal grosso mas em bom, só quem nunca esfodaçou a planta dos pés na póvoa do varzim poderá desdenhar do ALLgarve, a água mais para o morninho, a brisa suave. um cenário que não faz prever o ambiente de guerrilha que se vive entre os vendedores de bolas de berlim, uma chusma deles a degladiarem-se pela clientela, seja em representação dos pasteleiros alexandre & soares, uma espécie de nelo silva & cristiana mas em doce, seja em representação de desalmados que pintam o noddy nas caixas de transporte das bolas e jesuítas, como quem pisca o olho à criançada que há-de fazer lóbi sobre os pobres progenitores. só na manta rota se assiste a discussões entre vendedores de bolas de berlim, ainda por cima discussões sobre dumping de preços com ameaça velada de galheta nas trombas de um para o outro. o um sentado na cadeira do nadador salva-vidas, cortesia da vodafone, o outro do meio do areal a apregoar o liberalismo pasteleiro contra a cartelização dos doceiros. isto na manta rota, xangri-lá do camarada carvalhas. e um gajo rejubila. a Economia também está a passar por aqui, moçada.
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4 comments:
Já lá vão uns anos que a minha caravela não atina para esses lados.
Manta Rota ali ao lado de Monte Gordo, do que me lembro foi só passagem. Ali perto Tavira, a zona (ou praia ou como se chama da Fábrica) em que se apanha um barco, gostei.
Era mais cliente da zona de Burgau para Sagres: Salema, Figueira, Raposeira, e as outras praias até sagres. A chatice é o vento que quado bate é uma merda. E a água mais fria. Mas dá para pôr a pila ao léu, sacar umas lambujinhas da areia e fazer uns petiscos supimpa,
outra música.
Nos últimos anos tenho rumado para norte. Galicia. Porto Novo (a seguir a Sanchencho) e toda a corda norte entre galiza e as asturias até Ribadeo. Pelo preço é fazer férias cá dentro, pela qualidade e petiscos (pá tenho 53 e esse item é muito importante), é quase o céu para quem goste das coisas do mar.
Phónix!
A cena das bolas, sem o creme proíbido a escorrer pelo canto das bocas gulosas, perdeu parte do seu encanto. Caretisses dos rotos da ASAE...
fascistas higiénicos. e panascas
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