uma nota sobre aquele tal livro do Arafat e assim

à margem do pequeno sururu levantado pela hipotética publicação de certo e determinado livro pela Chiado editora venho assumir uma das minhas grandes pechas, pois que até hoje mal tinha ouvido falar em tão insigne casa editorial, e eu até posso ser enfiado no pacote de 'gajo do ramo', sucede apenas que tenho tanto de distraído como de carroceiro, e vai daí lanço-me ao google à procura de mais informações que suavizem a minha ignorância e tal decisão revelou-se profícua, logo na primeira entrada lê-se "Chiado Editora: A editora de referência no âmbito da criação literária em Portugal", será então altura de aqui o meco pegar nos tarecos e mudar de profissão, afinal os terroristas maometanos andam a proporcionar um ambiente desconfortável à fina flor da edição portuguesa, que diabo, ou então não, nem sempre a internet diz a verdade, quem já pesquisou por barely legal midgets e derivados sabe do que falo, em calhando a oportunidade de aparecer no papel de putativa vítima dos infiéis dá uma visibilidade comercial (e não só) interessante, cria-se um pequeno hype e depois é cavalgá-lo, não é necessário ler o kotler e o kapferer e o borda d'água inteiros para saber disso, suspeito até que nunca se tenha falado tanto na Chiado editora como agora, no momento em a mesma entra no caldinho do choque de civilizações que se segue ao 11 de setembro em geral, ao episódio rushdie em particular, mais livros, menos arranha-céus, e eu estou disposto a manifestar a minha solidariedade para com estes editores tolhidos pelas ameaças daqueles que querem de volta o califado, as gajas tapadas e uma civilização onde sagres e super bock não têm cabimento. E mais, agora vou ali ver o video dos white stripes com a kate moss no varão, só para reforçar a superioridade da nossa civilização ocidental, mas também não demasiado, que isto aqui não é o Blasfémias, caralho.

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