e pronto, já li o Caim e assim engrosso de legitimidade, boto faladura com o meu conhecimento de causa e assevero que gostei do livro, é um relato humorístico sem o rasgo de génio de outros tempos, outras narrações, mas que consola, arriscava chamar-lhe uma espécie de cândido de voltaire para totós (grande colecção), com menos espanto mas igual naïvité não só do personagem mas também autoral, às vezes a roçar o nível de uma miss universo tanta é a preocupação com as criancinhas inocentes de sodoma, a uma escala que não se via desde o rebentar do escândalo casa pia, e no entanto gosto do primado da forma, dos anjos operários, da perda de boleia do unicórnio, do adão com o naço de maçã entalado na garganta, tudo muito pícaro, guloso, lê-se em duas penadas, quanto à polémica much ado about nothing, e ainda assim não resisto à tentação de ir bisbilhotar o lançamento de hoje na culturgest, nunca se sabe quando é que o Senhor se lembra de lançar uma chuva de enxofre sobre aquelas malditas cadeiras que fazem das costas aquilo que se sabe.
falar de camarote
© rabiscos vieira
Publicada por pedro vieira em 30.10.09
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1 comment:
já está cá por casa. Aguardo posta mais substantiva para lhe pegar. Por humor basta-me o telerural, a doutora Ferreira Leite ou o mano.
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