logo eu, que tenho uma má (inexistente?) relação com a poesia a trazê-la à liça no blogue, com a devida autorização do autor jorge fallorca que vai não volta dá o ar de sua graça neste barraco, e tudo com o pretexto de esconjurar o calendário, de lembrar que o Olímpio Ferreira saiu de cena faz hoje dois anos, hoje, dia em que outras gentes do meu coração também estão de luto por via de uma daquelas notícias chegadas pela manhã. alguém que acabe com o 30 de dezembro.
É um lugar cercado de água por todos os lados. Ilha.
Nome próprio e singular.
Quer seja oceano, bairro, monte, eu não sei como lhe
Chamam no sul, por exemplo:
Ilha é outra coisa. É ser.
Cercar de todas as maneiras a possibilidade,
De acesso.
Ilha rima com filha, partilha (esta é dos karts), matilha
Camilha, e outros rores.
Que sempre falaram de ser.
Por todos os lados como o ar.
Jorge Fallorca in Alpendre
& etc - subterrâneo três,
1988
é um lugar cercado de água
Publicada por pedro vieira em 30.12.09
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3 comments:
duplamente tristes.
(para ajudar ainda tive que ver o marito e a marie jane.)
para o ano alguém que me lembre que este é um dia mau.
old boss
Quanto à poesia, gostei.
O "sair de cena", acabamos todos por fazer o mesmo.
O que convém é deixar boas recordações, para os que esperam a vez, mas, infelizmente, só alguns têm esse dom.
Não conheci o Olimpio, mas sensibilizou-me a escolha, Pedro. Um abraço
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