coração das trevas

isto não anda para meninos, é fazer de burro de carga com um sorriso na cara depois de dar o cu (ou dois) e oito tostões para aumentar as assoalhadas e manter ancoragem no coração da cidade, que é como quem diz, no coração do engate travesti, dos hospitais especializados em coração, em olhos, em presuntos assim as coisas corram malzinho, no coração do co2, à beira das aortas da cidade, ele é autocarros, minipreços, metro e centro de emprego, universidades privadas, shows de varão e putas de griffe e no meio da selva de betão e madeiras untadas um gajo acorda com um galo a cantarolar às seis da manhã. um galo, a quem eu serrava o pescoço com um pinta do caraças e os protectores dos animais e o caralho que se fodam à babugem; vão antes chatear a moleirinha ao joaquim bastinhas que eu trato do cocorococó. um galo. não há cu (ou dois).

13 comments:

epílogo do livro que ninguém escreveu said...

andas todo fodido.

fallorca said...

Não batam mais no ceguinho... um galo às seis da matina, é preciso ter mesmo galo (ou dois)

LAM said...

cortesia, LAM:

* 1 Frango
* 1/2 Copo de vinagre
* 2 Cebolas
* 1/2 Kg de arroz carolino
* 5 Colheres de sopa de azeite
* 1 Dente de alho
* 1 Ramo de salsa
* 2 Folhas de louro
* 1 Ramo de carqueja
* Sal (q.b.)
* Pimenta (q.b.)

Confecção:

Ao matar-se a ave, recolhe-se o sangue para um recipiente (tigela), onde previamente se colocou o vinagre e mexe-se. Corta-se a ave escolhida em pedaços.
Leva-se a estufar num tacho juntamente com o azeite, as cebolas picadas, o dente de alho esmagado, a salsa e a carqueja.
Quando for necessário, acrescenta-se um pouco de água, tempera-se com sal e pimenta e continua-se a estufar em lume muito brando sempre com o tacho tapado.
Quando a carne estiver macia, adiciona-se a água suficiente para se obter o caldo para o arroz.
A quantidade de água depende da consistência da cabidela que se pretende obter.
Quando o caldo ferver em cachão, introduz-se o arroz bem lavado e enxuto e deixa-se cozer.
Adiciona-se o sangue e, mal levantar fervura, retira-se do lume e serve-se.

pedro vieira said...

isto é serviço público

Ricardo Machado said...

Para estas bandas agora só ouço os peixes.

Alexandre Esgaio said...

Eu também tenho um galo nos quintais atrás de minha casa (Graça)que canta de hora a hora seja noite ou dia. Faz como eu. Fiz uma fisga com um elástico bem potente e as noites e manhãs são bem mais divertidas agora!

Isa GT said...

Há duas hipóteses; a 1ªé chamar a G.N.R. e fazer uma queixa, pois só é permitido fazer barulho a partir das 8h da manhã, a 2ª é esperar que a força do hábito se instale e de tanto ouvir o galo, acaba-se por não acordar. O melhor é optar pela 2ªpois certamente resolverá mais rapidamente a questão do que a 1ª.
Se quiser optar pela receita do LAM, falta a 1ªparte; Prenda um bago de milho a um anzol, atado, naturalmente, a um fio de nylon, de longe atire-o o mais perto possível do cocorocó e é só esperar,puxar devagarinho e depois, fazer o arroz de cabidela :-)Quem me contou esta, garante o resultado para as galinhas, para o galo é sem garantia. (Um antigo capitão do exército nunca compreendeu, como é que as suas galinhas desapareciam e certos soldados andavam tão bem alimentados)

Animal said...

fiquei com uma dúvida: "Corta-se a ave escolhida em pedaços", ok. mas a ave ainda leva as penas e o bico e as patas e as tripas, ou tira-se primeiro e só depois é que se corta?

mania de deixarem a informação pela metade...

No vazio da onda said...

não te preocupes: leva o galo aos "shows de varão e putas de griffe" que ele no dia seguinte só acorda às 5 da tarde.

1de30 said...

vai-se a ver e é um daqueles galos electrónicos que a minha vizinha do 2º esq tem que canta sempre que há algum movimento em frente à porta da casa dela. R

Isa GT said...

#Animal
Como não gosto de deixar a informação pela metade, põe-se água a ferver, para cima do bicho (depois de lhe dar uma facada na cabeça),tiram-se as penas e só depois, se dá um corte horizontal na barriga para lhe tirar as tripas. Assim, já o pode cortar aos bocadinhos. Como é um "Animal" talvez consiga passar por todas estas etapas, eu francamente prefiro ir ao supermercado e não ter visto a côr das penas, senão, não o conseguia engolir ;-)

Cachecol do Pintor said...

um galarucho no meio da cidade? que bela cabidela com CO2!!!

Anonymous said...

isso cheira tanto a conde redondo...