hang the dj, hang the dj

um tipo tolera tudo no local de trabalho que algum acaso do demónio plantou num shopping, louvado seja belzebu, então, o ar condicionado deficiente, o cheiro a sopas hamburgueres bifes com molho às dez e meia da manhã, as casas de banho mais insalubres do que o processo face oculta, os rebanhos de chief account executives com as mãos feitas palmtops, deve ser isto a evolução esqueçam os polegares gigantes e os dedos dos pés todos unidos nessa luta final, e ainda os preços absurdos da paparoca, que como já disse cheira desde cedo e morre muito tarde, os clientes que nos querem conhecedores de tudo e mais alguma coisa para melhor nos poderem tratar com os pés, os horários sempre-ao-dispôr que implicam porta escancarada no primeiro de maio, no vinte e cinco de abril, viva a liberdade, proibido voltar atrás o caralho, mas enfim, tudo se tolera, é da praxe, faz parte do ganha-pão, mas michael bolton seguido dos scorpions no sistema sonoro do café da ponta, ali tão mais à mão, é que não lembra ao menino jesus. não lembra, não.